Saiba como os profissionais de produção podem evitar LER e DORT

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Faz muito tempo que as doenças ocupacionais são as mais frequentes nas estatísticas da Previdência Social. Conhecidas como LER e DORT, elas causam muito sofrimento em quem realiza movimentos repetitivos durante o período de trabalho. 

Um estudo produzido pelo Ministério da Saúde, chamado de Saúde Brasil 2018, mostrou que o total de registros de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort) cresceu 184% entre 2016 e 2017, saltando de 3.212 casos para 9.122. De lá pra cá, esses casos continuam crescendo.

A LER e a DORT representam lesões do sistema osteomuscular causadas por fatores comuns no mundo corporativo como estação de trabalho inadequada, movimentos repetitivos ou excesso de pressão e cobrança. Pessoas que trabalham em linhas de produção passam toda a jornada fazendo o mesmo movimento e, por isso, são as mais acometidas por esses problemas. 

Qual a diferença entre LER  e DORT?

LER

A Lesão por Esforço Repetitivo não é propriamente uma doença, mas sim uma síndrome composta por um grupo de patologias como a tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, mialgias e outras. Essas doenças afetam os músculos, nervos e tendões dos membros e sobrecarrega o sistema musculoesqueléticos. A LER provoca dor e inflamação, podendo alterar a capacidade funcional da região comprometida.

DORT

O Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho, também conhecido como síndrome dos movimentos repetitivos, é causada por mecanismos de agressão que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até má postura e estresse. Como o próprio nome diz, essa doença, classificada como uma LER, atinge mais os profissionais expostos aos riscos, incluindo pessoas que trabalham em linhas de montagem, de produção ou que operam britadeiras. Outros profissionais também podem desencadear o problema como digitadores, músicos ou pessoas que fazem trabalhos manuais como tricô e crochê.

Sintomas da LER e DORT 

  • dor localizada;
  • desconforto físico no final do dia;
  • cansaço excessivo;
  • formigamento nas extremidades;
  • paralisia e parestesia;
  • perda funcional;
  • inchaço local.

Sinais de dores causadas pela LER? Saiba o que fazer! 

A prevenção é sempre a melhor saída para manter a saúde perfeita, mas é importante também procurar um especialista que o ajude a reequilibrar as funções do corpo para melhorar a qualidade de vida. A fisioterapia e a osteopatia são os métodos de tratamento mais indicados para quem sofre com as dores da LER ou DORT.

Durante a consulta, o fisioterapeuta realizará perguntas como “Onde você está sentindo dor?”, “Quando a dor começou?”, “Você tem dor durante o sono?”, “Qual sua profissão?”, “Poderia descrever suas atividades durante o expediente?”, “Você notou algum inchaço?”, “Seu trabalho envolve repetição de movimentos?”, “Você pratica quais esportes?, “Você sente dor ao fazer alguns movimentos? Quais?” Essa investigação é fundamental para identificar se o seu problema teve origem com sua atividade de trabalho. 

Pessoas de qualquer idade podem tratar suas dores com a osteopatia – um tratamento indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esse formato de tratamento reduz a necessidade de medicamentos e utiliza somente as mãos do terapeuta para resolver as alterações corporais, a fim de restabelecer a funcionalidade correta e o reequilíbrio do organismo

Quem trabalha em linha de produção deve ter o cuidado redobrado com a saúde. Além dos hábitos preventivos, o profissional deve visitar um fisitorapeuta com frequência e não ignorar os sintomas leves que podem surgir ao longo da vida profissional.

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Publicado em 16 março de 2020